terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Trabalho pragas e doenças do tomate

Ministério da Educação
Secretária de Educação Profissional e Tecnológica
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia
Campos Avançado de Cacoal
Professora: Angelita Aparecida Coutinho







PRAGAS E DOENÇAS DO TOMATE







Relatório apresentado ao Instituto Federal de Rondônia - Campus Avançado de Cacoal, como parte das exigências da disciplina produção vegetal I, ministrada pela prof. Angelita Aparecida Coutinho.








Dezembro-2010
Cacoal-RO



SUMÁRIO



1- Introdução --------------------------------------------------------------------------------3

2-    Desenvolvimento---------------------------------------------------------------------- 4

3-    Conclusão--------------------------------------------------------------------------------9

4-    Referencias Bibliográfica------------------------------------------------------------11







3 – INTRODUÇAO




O tomate, nativo e da America do sul, é um alimento que esta na mesa de milhões de pessoas pelo mundo todo, em saladas ou molhos, é muito rica em vitaminas A, B, C, e sais minerais como: fósforo, ferro, potássio e magnésio, e tem teor baixo de calorias, tendo em 100g apenas 21 calorias, sendo a fonte mais rica de licopeno, poderoso antioxidante que combate os radicais livres, retarda o envelhecimento e pode proteger contra o câncer, inclusive o de próstata, porem, seu cultivo é permeado de muito cuidado, pois a planta é muito sensível a praga e fungos.
                                                                                                                                                            


4 – DESENVOLVIMENTO




O tomate está entre as hortaliças mais consumidas do Brasil, é uma cultura muito exigente e sujeita a muitas pragas e doenças, o controle de pragas representa 30% do custo do produto industrializado, entre as doenças que mais dão prejuízo ao tomateiro são:
·        Murcha de Fusário, ( Fusarium oxysporum f.sp. tracheiphilum) causada por um fungo com maior incidência em temperaturas altas e solo ácido, e os sintomas: Amarelecimento das folhas, murcha das plantas, escurecimento do caule por onde passa a seiva.
·        Murcha de verticílio,  (Solanum lycopersicum L.). Também causada por fungo de maior ocorrência do sul e sudeste, de temperaturas amenas e alta umidade do solo, sintomas: similares aos da murcha de fusário.
·         Alternária ou pinta-preta, (Alternaria solani) ataca principalmente áreas cultivadas em campo aberto, é uma das mais prejudiciais ao tomateiro. Incidência: temperaturas e umidades altas, sintomas: manchas circulares marrom-escuras nas folhas, queima da folhagem de baixo para cima,
·        A pinta bacteriana, (Pseudomonas syringae pv. Tomato) como o nome já diz, é causada por bactéria. Incidência: temperatura amena e alta umidade. Sintomas: manchas de cor marrom-escuras nas folhas.
·        Nematóide das galhas, (Meloidogyne spp.) que são vermes microscópicos que habita o solo e consome água e nutrientes das plantas. Incidência: principalmente nas regiões de clima com temperaturas elevadas e solos arenosos. Sintomas: presença de galhas na raiz da planta, e o nematóide retardam o crescimento do tomateiro que fica raquítico e pode morrer.
·        Geminiviroses, (geminivirus) causada por mais de dez espécies de vírus, transmitido pela mosca-branca. Sintomas: amarelecimento de nervuras, perda da cor verde, rugosidade, deformação das folhas além da paralisação do crescimento.
·        Vira cabeça, (Tomato spotted wilt) vírus TSWV) causada por vírus do gênero tospovírus, e atinge todas as regiões produtoras do pais, epidemias de vira cabeça causa maiores perdas nos meses mais quentes e secos do ano. Sintomas: Paralisação do crescimento de plantas novas, bronzeamento ou arroxeamento das folhas e deformação das folhas, e redução no tamanho dos frutos.
·        Mancha-de-estenfílio (Stemphyllium spp.) Caracterizada pela presença de manchas pequenas, escuras e angulares nas folhas. Algumas manchas apresentam rachaduras no centro das lesões. Os sintomas começam a surgir nas folhas mais jovens, ao contrário do que ocorre com as manchas causadas por Alternaria e por Septoria. O ataque severo provoca intensa queima das folhas, devida ao coalescimento das lesões e necrose das hastes. Os frutos não apresentam sintomas. Temperatura elevada (acima de 25 ºC) e umidade alta favorecem o ataque do fungo.     
·         Mela-de-rizoctonia (Rhizoctonia solani) A doença manifesta-se durante a floração, formação e maturação dos frutos, quando é maior a cobertura foliar. As folhas e hastes infectadas apresentam podridão mole e aquosa (mela), principalmente nas partes que ficam em contato com o solo. Os frutos doentes apresentam podridão marrom, mole e aquosa, coberta por um mofo marrom-claro. Para o manejo, recomenda-se: não plantar em solos compactados ou sujeitos a encharcamentos.
·        Podridão-de-esclerócio (Sclerotium rolfsii)Plantas doentes apresentam uma podridão mole e aquosa, principalmente nas folhas, hastes e frutos, que ficam em contato direto com o solo. Em condições de alta umidade, há um crescimento micelial muito vigoroso, de cor branca, semelhante a fios de algodão, na superfície dos tecidos afetados. Algumas vezes esse micélio se desenvolve na superfície do solo, próximo à planta. Também é comum a formação de pequenos grânulos de cor marrom-clara (escleródios) na superfície dos tecidos afetados. O escleródio é uma forma de sobrevivência do fungo no solo por vários anos. A incidência da doença é maior em períodos quentes (30 a 35 °C) e chuvosos, em lavouras conduzidas em solos muito argilosos e/ou compactados, com encharcamento do solo. Excesso de folhas, solo úmido e contato do fruto com o solo favorecem a doença.
·        Podridão-de-esclerotínia (Sclerotinia sclerotiorum)O fungo afeta as solanáceas, leguminosas, brássicas e outras famílias botânicas. Os sintomas aparecem na fase reprodutiva do tomateiro. A doença é observada em reboleiras, identificada pela seca prematura da planta. O fungo causa "mela" das folhas e das hastes e, com o amadurecimento da planta, o caule apresenta uma podridão seca, cor de palha, contendo em seu interior, os escleródios em forma de grânulos pretos, semelhantes a fezes de rato. Os frutos permanecem fixados à planta doente e raramente apresentam sintomas de podridão. Os escleródios podem permanecer viáveis por mais de 10 anos no solo. O ataque é mais severo em lavouras cultivadas sob condições de clima ameno (15 a 21 °C) e umidade alta. A doença é agravada em solos com problemas de compactação, onde há acúmulo de água, e em plantios muito densos, com crescimento vegetativo vigoroso e com baixa circulação de ar.
·        Requeima (Phytophthora infestans) A requeima causa manchas encharcadas, grandes e escuras nas folhas e nas brotações. Na face inferior da lesão nas folhas, geralmente observa-se um mofo pulverulento esbranquiçado. Nos frutos, a podridão é dura, de coloração marrom-escura. O ataque severo provoca grande desfolha e podridão dos frutos. A doença é favorecida em condições de clima ameno e úmido. Epidemias também podem ocorrer em regiões secas ou em épocas relativamente quentes, desde que a temperatura da noite permaneça em torno de 18 a 22 °C por períodos prolongados e a umidade do ar seja alta (acima de 90%). Deve-se evitar o plantio em local de clima frio e úmido, sujeito a excesso de neblina e orvalho. Em épocas e locais com clima favorável à doença e em áreas onde a requeima ocorre de forma endêmica, sugere-se pulverizar preventivamente ou logo no início do aparecimento dos primeiros sintomas.
·        Septoriose (Septoria lycopersici) Doença caracterizada pela presença de manchas pequenas, circulares, esbranquiçadas, com pontuações negras (picnídios) no centro da lesão nas folhas. O fungo infecta inicialmente as folhas mais velhas. Ataques severos causam também lesões nas hastes, pedúnculo e cálice; porém, os frutos permanecem sadios. A incidência é mais severa nos cultivos feitos durante o período quente (25 a 30 °C) e chuvoso do ano, mas ataques severos podem ocorrer também no período seco, desde que haja bastante orvalho ou excesso de irrigação. O fungo sobrevive nos restos culturais do tomateiro e é transmitido por meio das sementes.
·        Mosaico-do-fumo e mosaico-do-tomateiro A virose do mosaico-do-fumo, causada pelo TMV (Tobacco mosaic virus), e a virose mosaico-do-tomateiro, causada pelo ToMV (Tomato mosaic virus), infectam diversas plantas. As perdas dependem da época de infecção, sendo maiores em infecções precoces. No tomateiro, esses vírus causam freqüentemente infecção latente (sem sintomas), mas estirpes severas podem induzir mosaico suave alternado com embolhamento foliar. No campo, a transmissão desses vírus é exclusivamente mecânica, por meio do contato direto entre plantas e mãos de operários. Outra forma de transmissão muito eficiente é por meio de sementes contaminadas. 
·        Risca do tomateiro e mosaico (Potyvirus) Duas espécies de potyvirus infectam o tomateiro: uma estirpe do vírus Y da batata (Potato virus Y – PVY) e o mosaico amarelo do pimentão (Pepper yellow mosaic virus – PepYMV). A transmissão desses vírus se dá por meio de várias espécies de pulgões ou afídeos através de picadas de prova (transmissão não persistente); portanto, a transmissão do vírus ocorre em segundos. As formas aladas são mais importantes, epidemiologicamente, do que as formas ápteras. As infecções após a floração são menos danosas. O sintoma do PVY no tomateiro manifesta-se como mosaico e necrose generalizada das nervuras das folhas, ficando a planta com aparência de pinheiro de Natal. O PepYMV induz mosaico e deformação foliar.
·        Topo-amarelo e Amarelo-baixeiro (Luteovirus)  Essas doenças são causadas por vírus de um mesmo grupo (Luteovirus), ao qual também pertence o vírus-do-enrolamento-da-folha da batata. A doença topo-amarelo caracteriza-se pela presença de folíolos pequenos, com bordas amareladas e enroladas para cima, assemelhando-se a pequenas colheres. As plantas com amarelo-baixeiro apresentam as folhas de baixo geralmente amareladas e cloróticas.  A transmissão é exclusivamente por pulgão, que, uma vez tendo adquirido o vírus, pode transmiti-lo por toda a vida, de modo persistente. A ocorrência dessas viroses é esporádica, mas surtos epidêmicos podem ocorrer. Como dito muitas são as doenças do tomateiro, mas podemos também citar outras avarias na planta e nos frutos que são causadas pela falta de nutrientes no solo, ou excesso como: Cálcio, Boro, muito Nitrogênio e pouco Potássio, não ocorrência de uma boa fertilização, citados: Podridão Apical, Abortamento de Flores, Rachaduras,  Escaldadura ou Queima-do-Sol, Ombro Amarelo, Lóculo Aberto, 




5 – CONCLUSÃO




             Um conjunto de medidas de controle, que pode minimizar os problemas causados pelas doenças do tomate, são: a escolha da área de plantio, conhecer o histórico dessa área, se não houve outros cultivos de solanáceas nessa área, a escolha da variedade, que deve ser bem adaptada a região onde será cultivada, as mudas devem ser produzidas em viveiros isolados com telas antiafídicas, a adubação deve ser equilibrada, seguindo uma análise de solo, e finalmente os restos de culturas devem ser destruídos.
            Podemos ainda contar com plantas desenvolvidas que são multi-resistentes a doenças, como as desenvolvidas pela EMBRAPA, podemos citar: o tomate duradouro que é resistente a quatro doenças, e o san vito que é uma variedade italiana que é resistente a oito doenças, entre elas: vira cabeça, murcha de fusário, pinta bacteriana, murcha de estenfílio, nematóide das galhas, entre outras doenças. Todo cuidado é pouco pois até  na semente pode transmitir tais doenças.  




ALUNOS:




Altair Alfredo,
Cesar Boscato de Almeida,
Leandro Martins
Geovanne Gonçalves





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:








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